roses for emily

estou tentando terrivelmente me concentrar em qualquer coisa que passe pela frente do meu nariz. ao mesmo tempo que parece difícil isso acontecer sentada aqui na frente do monitor do computador, é uma tarefa imensamente difícil, já que dentro dessa pequena tela de 14 polegadas estão a pessoa que eu amo; meu pai, que não merece atenção nenhuma; uma amiga que mora do outro lado do planeta e a quem eu devia escrever algo bonito agradecendo por tudo que ela faz por mim mesmo mal me conhecendo; a dúvida sobre gravar ou não um cd dos zombies para alguém que teoricamente não merece, mas que merece tudo. além dessas pessoas e dúvida, há mais meio mundo a ser explorado, mas eu não consigo me decidir por alguma coisa; as únicas coisas que consigo decidir parecem ser todas erradas. enquanto eu não me decido a gravar o cd, escuto as músicas para pelo menos ter um álibi. todas falam sobre mim e sobre o que eu não quero sentir. não é o tipo de álibi que quero. quando é que tudo vai acabar? bem. eu quero que acabe bem, como nas músicas dos zombies. eu sei que elas são irônicas, mas eu me cansei de ironias da vida.